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Após a captação de R$ 70 milhões realizada no fim do ano passado, a Unicoba quer manter a aposta no mercado de armazenamento de energia e pretende ir além dos últimos anos, projetando um crescimento de 25%. De acordo com o CEO da empresa de soluções de energia George Fernandes, o mundo passa por um período que vai exigir cada vez mais o uso de baterias, como mobilidade elétrica e geração distribuída, que potencializarão as oportunidades. “O setor energético tem uma quantidade enorme de oportunidades em parte porque passamos por um momento de eletrificação geral”, avisa.

O executivo também coloca o setor de telecomunicações com outro nicho de oportunidades para as baterias em 2023. Na última semana, foi anunciado que a Unicoba da Amazônia teve um financiamento de R$ 20 milhões para a fábrica de Manaus (AM), para a automatização da linha de produção de baterias para celulares destinada à Lenovo/Motorola. O crédito veio pelo Fundo para o Desenvolvimento Tecnológico das Telecomunicações.

Fernandes considera que o Brasil está em um ritmo mais lento que o resto do mundo nessa área. Segundo ele, o país produz pouca bateria perto do que consome e das suas reservas de lítio. Para ele, muitos anos foram de espera e agora chegou o momento que já não se pode esperar mais. O acesso ao crédito mais barato também é um fator salientado pelo líder da Unicoba como positivo para o setor. “Deveríamos ter algum tipo de diálogo com os bancos principalmente de desenvolvimento para poder ter linhas de crédito que facilitassem o nosso crescimento e a nossa eletrificação”, observa.

Ainda no campo financeiro, Fernandes elege o capital como fator desafiador. A restrição de crédito causada pelo momento ruim da economia acaba impactando todos no mercado e afetando a concessão de financiamento. A ida ao mercado de capitais foi considerada uma boa oportunidade, mas que segundo ele, acaba esbarrando no prazo mais estreito, uma vez que os investimentos de baterias são de duração mais longa. Em dezembro, a Unicoba anunciou a captação, através de um Fundo de Investimento em Direitos Creditórios, de R$ 70 milhões. O FIDC Verde foi considerado o primeiro a ser certificado para uma empresa nacional de soluções de energia.

O executivo se anima ao falar da atuação da Unicoba com baterias nos sistemas isolados. Com a maioria dos recursos alocados nessa parte, Fernandes vê um viés de alta por conta da entrada do novo governo e avalia a empresa totalmente preparada para atender essa demanda. A Unicoba já forneceu soluções para a geração e armazenamento para mais de cinco mil pontos geradores de energia na Amazônia Legal e quer manter a liderança.

A empresa reúne uma gama de profissionais dos mais variados segmentos. Com quase 50 anos de atuação, suas características são de start up, pela alta taxa de crescimento e inovação do negócio. O esforço para levar energia a pessoas de comunidades remotas que muitas vezes nunca tinham tomado sorvete ou mesmo um refrigerante com gelo não deve ser deixado de lado e é considerado um fator agregador para qualificação do quadro de colaboradores. “Essas histórias mobilizariam um pouco as pessoas que querem não só trabalhar, mas querem também fazer um mundo melhor, que  no nosso caso é importante”, aponta.